Combata os maus hábitos com o poder do “não quero”

Quando a mula quer ser agradável, ela é totalmente obediente, mas quando resolve não cooperar, ninguém a tira do lugar. Você deveria desenvolver essa espécie de poder do “não quero”. Domine seus estados de ânimo e hábitos. Então, quando decidir que não vai fazer algo errado, ninguém poderá obrigá-lo a agir contra a vontade. Em outras situações, todavia, se descobrir que está enganado, seja capaz de mudar rapidamente de ideia. Essa flexibilidade surge quando você não se deixa governar pelo hábito, agindo, em vez disso, por livre-arbítrio, guiado pela sabedoria. Seja livre! Não seja escravo nem mesmo dos bons hábitos, faça o bem por amor ao bem.

Algumas pessoas precisam receber ordens todos os dias, apesar de seus deveres serem substancialmente os mesmos; mas quase sempre as pessoas seguem a rotina de atividades diárias de maneira mecânica. Isso é ótimo, se cultivaram bons hábitos; mas é desastroso para quem adquiriu maus hábitos. A maioria das pessoas apresenta uma combinação de ambos.

A repetição de um ato cria uma configuração mental. Todas as ações são executadas mental e fisicamente. A repetição de um ato específico e da imagem mental que o acompanha forma trilhas elétricas sutis no cérebro fisiológico, como se fossem as ranhuras de um disco. Após certo tempo, sempre que você puser a agulha da atenção nas “ranhuras” das trilhas elétricas, ela toca o “disco” da configuração mental original. Cada vez que o ato se repete, as ranhuras das trilhas elétricas se aprofundam, até que a mais leve atenção faz “tocar”, automaticamente, o mesmo ato, vezes sem conta. (…) Entretanto, por meio da concentração e da força de vontade, você pode apagar até mesmo as ranhuras profundas dos hábitos antigos.

 

Tradução não oficial de trecho do livro A Eterna Busca do Homem (pág. 410)

 

 

A Eterna Busca do Homem está à venda pelo site da Livraria Omnisciência.