O simbolismo iogue do soar dos búzios

Estes versículos fazem referência aos sons de vibrações específicas (os búzios dos diversos Pandavas) ouvidos pelo devoto que medita, emanando dos centros astrais na coluna vertebral e no bulbo raquidiano. Pranava, o som da vibração criadora de Om [Aum], é a mãe de todos os sons. A energia cósmica inteligente de Om, emitida por Deus e manifestação Dele, é o criador e a substância de toda a matéria. Essa vibração sagrada é a ligação entre a matéria e o Espírito. Meditar em Om é o caminho para perceber a verdadeira essência de toda a criação como Espirito. Seguindo, interiormente, o som de Pranava até sua fonte, a consciência do iogue é transportada para o alto, para Deus.

No universo microscópico do corpo humano, a vibração de Om age por intermédio das atividades vitais dos centros astrais de vida na coluna vertebral com seus elementos vibratórios criadores (tattvas): terra, água, fogo, ar e éter. Por intermédio deles, o corpo humano é criado, posto em ação e mantido. Essas vibrações, ao operarem, manifestam variações características do Pranava. O devoto cuja consciência se torna sintonizada com esses sons astrais interiores descobre-se ascendendo gradualmente a estados superiores de percepção.

Trecho do livro A Yoga do Bhagavad Gita (página 67), de Paramahansa Yogananda

 

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