Uma atitude equilibrada nutre a percepção da alma

Lake Shrine – Los Angeles

Como será possível nos interessarmos por alguma coisa se neutralizarmos desejos e sentimentos: você já viu pessoas que trabalham sem interesse pelo que estão fazendo, não é mesmo? Seu trabalho e sua atitude demonstram isso; não ligam a mínima para os resultados, desde que possam dizer que estão trabalhando. Mas o amante trabalha árdua e conscienciosamente pelo ser amado; faz mais pela pessoa que ama do que faz por si mesmo. É assim que deve servir a Deus, e é assim que nos sentimos se O amamos: trabalhamos para ele com alegria.

Em um extremo, há pessoas que acreditam que, para progredir na vida, têm de trabalha sem parar, como robôs. Mas o outro extremo também é ruim: certas pessoas, assim que se interessam pelos assuntos espirituais, perdem o interesse por todo o resto. É uma atitude errada, e é uma das razões pelas quais a Índia perdeu a liberdade: fez mau uso da doutrina do desapego. O pensamento era: “E daí que a ermida esteja suja? Está bem assim. Para que se incomodar? Limpar exigiria concentração demais em coisas materiais. Seja desprendido; renuncie a toda e qualquer atividade material.” Este tipo de atitude oculta a preguiça mental sob o manto da falsa espiritualidade.

Trecho do livro O Romance com Deus (página 226),
de Paramahansa Yogananda

 

 

O Romance com Deus está à venda em nossa lojinha ou no site da Livraria Omnisciência.