Com o juízo com que julgardes sereis julgados

Mesmo quando se justifica uma punição, ela deve ser administrada ao malfeitor reservadamente e de um modo que o incentive a tentar reformar-se. Os juízes dos tribunais punem os criminosos em benefício de toda a sociedade e pelo bem dos próprios criminosos, a fim de que não pratiquem novos ou piores crimes. O propósito de um julgamento deveria ser apenas curativo e nunca uma retaliação vingativa motivada pela ira. É um ato perverso punir os malfeitores somente para satisfazer a ira, para acintosamente causar-lhes dano, para expô-los ao ridículo ou por qualquer outro motivo prejudicial.

A condenação impiedosa leva ao esquecimento de que o pecador é apenas um filho de Deus acometido pelo erro, cuja divindade está momentaneamente eclipsada pela ignorância. Ninguém deveria ser chamado de pecador; tampouco deveria alguém considerar-se um pecador. Odeie o pecado mas não o pecador. A pessoa crítica deveria tratar aquele que erra como ela própria esperaria ser tratada em função de seus erros pecaminosos. Aqueles que erram não necessitam pontapés de desprezo; eles precisam de nossa mão estendida, com firmeza mas com amor. Não faz sentido friccionar o sal da crítica corrosiva nas feridas de caráter dos outros. Ofereça àqueles que erram o bálsamo curativo de um conselho compassivo apropriado e o apoio adequado a qualquer esforço que estejam dispostos a fazer para reformar-se. Ofereça amor a todos – única panaceia capaz de redimir o mundo; esta é a conclamação de Cristo.

 

Trecho do livro A Segunda Vinda de Cristo, Volume I (pág. 592)

 

 

A Segunda Vinda de Cristo, Volume I está à venda pelo site da Livraria Omnisciência.