Duas fases da batalha interior da meditação

No primeiro estágio de meditação, a mente do devoto está inextricavelmente limitada à consciência sensorial. Sua mente está concentrada sobre sons materiais e pensamentos inquietos. Ele fica apavorado ao observar todas as forças da inquietude e da oposição mental que se insurgem contra ele. Milhões de devotos superficiais nunca passam além deste estado, caracterizado por uma luta psicológica, um beco sem saída, entre os sentidos e as forças de calma e intuição da alma.

O devoto que é vitorioso nesta batalha psicológica inicial penetra no segundo estado de meditação, a batalha metafísica, onde sua consciência e energia vital tornam-se centralizadas nos centros da espinha. Ele se vê como um guerreiro no campo de batalha da espinha – o campo comum às forças espirituais e às tendências mentais e sensoriais oponentes, sob sua forma sutil. Quando esta batalha está para começar, o devoto sente uma atração simultânea, tanto na direção das tendências sensoriais exteriorizantes nos centros da espinha, como na direção das forças espirituais interiorizantes da alma. É então que este devoto contata o calmo Espírito interior e rogando pede que este Poder Divino coloque a carruagem da intuição entre as percepções divinas sutis e as percepções sensoriais grosseiras. O devoto assim espera, com a ajuda do Espírito, reorganizar suas forças de meditação para combater as forças da inquietude.

 

Tradução não oficial de trecho do livro God Talks With Arjuna (página 129), de Paramahansa Yogananda

 

God Talks With Arjuna está à venda pelo site da Livraria da Sede Central.