O verdadeiro significado de “Crer em Seu Nome”

Despertando, comendo, trabalhando, sonhando, dormindo,
Servindo, meditando, cantando, amando divinamente,
Minha alma sussurra o tempo todo, sem que ninguém ouça:
Deus! Deus! Deus!

“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado.” Esta passagem realça o papel da “crença” na condenação ou não condenação do homem. As pessoas que não compreendem a imanência do Absoluto no mundo relativo tendem a tornar-se céticas ou, então, dogmáticas, pois em ambos os casos a religião torna-se uma questão de crenças cegas. Incapaz de conciliar a ideia de um Deus bom com as aparentes crueldades da criação, o cético rejeita a crença religiosa de forma tão obstinada quanto o dogmático se apega a ela.

As verdades ensinadas por Jesus estavam muito além da crença cega, que aumenta e diminui sob a influência de pronunciamentos paradoxais de clérigos e céticos. A crença é um estágio inicial do progresso espiritual , necessário para admitir o conceito de Deus. Mas tal conceito tem de ser transformado em convicção, em experiência. A crença é o precursor da convicção; é preciso acreditar em algo a fim de se proceder a uma investigação imparcial. Se, porém, alguém se satisfaz apenas com a crença, esta se converte em dogma – estreiteza mental, um impedimento para a verdade e o progresso espiritual. O necessário é cultivar, no solo da crença, a safra da experiência direta e do contato com Deus. Tal conhecimento incontestável – e não a mera crença – é o que nos salva.

Se alguém me diz: “Creio em Deus”, eu lhe pergunto: “Por que você crê? Como sabe que Deus existe?” Se a resposta é baseada em suposição ou conhecimento indireto, eu lhe digo que ele não crê realmente. Para manter uma convicção, é preciso ter premissas que a sustentem; de outra forma, trata-se apenas de um dogma – uma presa fácil para o ceticismo.

 

Trecho do livro A Yoga de Jesus
(página 75), de Paramahansa Yogananda

 

 

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