Suscetibilidade emocional e sensibilidade espiritual

Seja capaz de controlar seus estados de ânimo instantaneamente. Deixar o fogo das suscetibilidades, sabendo que nada mais é do que um estratagema do Satã metafísico para destruir a paz da alma.

Quando alguma coisa o afligir, não importa como você justifique a sua infelicidade, saiba que está sucumbindo a uma sensibilidade indevida e que precisa acabar com isso. A suscetibilidade é um hábito nervoso, um hábito não espiritual, um hábito destruidor da paz que tira o seu autocontrole e rouba a sua felicidade. Sempre que o coração recebe a visita da suscetibilidade, a “estática” gerada não permite que se ouça a divina canção de cura da paz transmitida pelo rádio da alma. Sempre que a suscetibilidade aparecer, tente imediatamente controlar essa emoção.

Há uma diferença entre suscetibilidade emocional e sensibilidade espiritual. As pessoas espiritualmente sensíveis sempre observam com discernimento seus próprios sentimentos e possuem percepção aguçada dos sentimentos alheios, mas permanecem distantes das perturbações dos impulsos psicológicos — como um pedaço de manteiga que boia na água fria sem ser diluído nem alterado. Mas a suscetibilidade melindrosa é como um fantasma que o persegue e tortura seu sistema nervoso, fazendo com que você sinta que o mundo todo está cheio de inimigos. Muitas vezes a pessoa de sensibilidade extrema culpa os outros pela dor que sente, quando deveria tentar entender que a dor é autoimposta. É melhor culpar a si mesmo por ser sensível demais do que ficar zangado com os outros.

Trecho do livro Jornada para a Autorrealização (página 157), de Paramahansa Yogananda

 

 

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